Projetos Open Source Brasileiros de Rails
Dando sequência ao meu post anterior sobre Produtos/Sites Brasileiros feitos em Ruby/Rails aqui vai um segundo post sobre “Projetos Open Source relacionados Ruby/Rails”. O objetivo: incentivar os desenvolvedores a criar coisas novas.
Não dá para ser um bom artista sem nunca ter visitado um único museu e pesquisado sobre a arte dos outros. Inspiração não nasce em árvores. Open Source é excelente para artistas estudarem diferentes soluções para os mesmos problemas e para direcionar a novas soluções ainda mais criativas. Então, lá vai:
Motiro, do Thiago Arrais. Como ele diz em seu site, “Motiro” é uma antiga palavra Tupi para “reunião de pessoas”. Durante um motiro, as pessoas se ajudam para atingir um objetivo comum. Um excelente nome para uma ferramenta de gerenciamento de projetos feito em Ruby. É um dos mais antigos projetos open source em Ruby que eu me lembro.
jetty_rails é um projeto incrível do Fabio Kung. Você quer a facilidade de desenvolvimento do Mongrel mas também quer ter funcionalidades do container de servlets, jetty_rails é a resposta para desenvolvimento Ágil com JRuby on Rails.
Brazilian Rails, da Improve It. Esse projeto se propõe a traduzir determinadas mensagens e padronizar alguns usos comuns no Brasil, como formato de data, por exemplo. Em particular, ele faz as inflexões corretas de português na hora de pluralizar, além de traduzir corretamente as mensagens de erro do ActiveRecord. Essencial para projetos que visam exclusivamente a língua portuguesa.
Integration, também da Improve it, é um plugin de Rails que oferece um conjunto de tarefas para automatizar todos os passos de um processo de integração contínua síncrona, ou seja, integração contínua sem um servidor como CruiseControl. Para equipes almejando as qualidades de Extreme Programming, essa ferramenta pode ajudar muito.
Selenium Poetry, ainda da Improve it, é uma biblioteca que extende o SeleniumOnRails::TestBuilder, permitindo escrever testes muito mais legíveis para Selenium. Quem usa Selenium sabe que é possível escrever os testes em Ruby, porém de uma maneira muito pouco no estilo Ruby. O Poetry trás de volta o Ruby Way na forma de se escrever esses testes.
Bookmaker, do Carlos Brando e Marcos Tapajós, é um toolkit para facilitar escrever livros e gerar PDF deles. Utiliza um formato Markdown para formatar e inclui inclusive colorização de código. Os PDFs gerados são de alta qualidade como todos já devem ter visto no livro Rails 2.1: What’s New
RGhost, é outro projeto pioneiro, pelo Shairon Toledo. Ruby Ghostscript é uma biblioteca para desenvolvedores de documentos que querem uma maneira simples e rápida de gerar arquivos pdf.
RGhost Barcode, também pelo Shairon é um adaptador para RGhost para facilmente gerar 32 tipos de códigos de barra em Ruby. Veja o catálogo aqui
Ruby Finance, pelo Herval Freire, é uma gem para acessar dados financeiros através do Yahoo! Finance (ações, índices, moedas, etc).
double_submit_protection, também do Herval, é plugin para evitar double-submit com controle no server-side. Para quem não entendeu, imagine aquele bom e velho caso onde você tem um formulário de compra (!) e seu usuário é do tipo que clica duas vezes no mesmo botão!
Colorplan, do Caffo (Rodrigo Franco) é um tipo diferente de to-do list misturado com gerenciador de projetos que utiliza cores para facilitar priorização. Meio difícil para eu explicar, então sugiro entrar no site do projeto para ver os detalhes e screenshots.
Bookqueue é outra aplicação do Caffo, literalmente uma estante de livros feita em Rails. Pode ser mais uma boa aplicação de exemplo para quem está aprendendo Rails também.
JSMask é um plugin que oferece suporte a uma máscara para campo de texto para datas, telefone, cartão de crédito, ssn. Por Ozéias Sant’ana
piwik, do Rodrigo Tassinari de Oliveira, é um client simples feito em Ruby para a API do Piwik que, por sua vez, é um analisador web open source. Para gerar relatórios de acesso, searches, hits, etc.
Rails Footnotes foi criado pelo Duane e hoje é mantido pelo José Valim, que adicionou várias funcionalidades novas. Se não estou enganado, em modo de desenvolvimento ele adiciona um tipo de rodapé na sua aplicação que lhe dá links para abrir diretamente os arquivos de controller, views, etc e facilita seu desenvolvimento.
Easy HTTP Cache, também do José Valim, é auto-explicativo – mesmo não começando com acts_as_ ou terminando com _fu – como disse o próprio José :-) Tecnicamente permite que aplicações Rails 2.1 usem a especificação de cache do HTTP 1.1. Particularmente gosto desse tipo de projeto pois cache é algo razoavelmente simples e que diminui em muito a carga de uma aplicação web.
Currency String, do Taq é um conversor de números em representação string e tem suporte a diferentes línguas. Talvez seja algo parecido com o que tem no Brazilian Rails mas provavelmente com escopos diferentes de uso.
É isso aí pessoal, vamos criar mais projetos. Graças ao Github o desenvolvimento colaborativo se tornou muito mais fácil. Olhe bem para a aplicação que está fazendo neste momento: provavelmente há algo aí que possa ser refatorado e empacotado como plugin, gem.