Para VPS pequenos, eu particularmente não me incomodo de usar RVM em single-user mode com Nginx+Passenger. Para instalar faça o seguinte no terminal:
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sudo apt-get install curl curl -L https://get.rvm.io | bash -s stable |
Em single-user mode, o RVM será instalado na pasta ~/.rvm, para carregar o ambiente, execute a seguir:
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source ~/.rvm/scripts/rvm |
Para que o RVM sempre carregue ao iniciar o Terminal (com Bash), adicione a seguinte linha no final do seu ~/.bash_profile:
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[[ -s $HOME/.rvm/scripts/rvm ]] && source $HOME/.rvm/scripts/rvm |
O próximo passo é instalar pacotes que o RVM precisa para instalar novos Rubies. Lembre-se que existe o seguinte comando que lhe dirá o que fazer:
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rvm requirements |
Como estamos interessados no Ruby MRI mais recente, basta copiar a linha com o apt-get e executar:
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sudo apt-get install build-essential openssl libreadline6 libreadline6-dev curl git-core zlib1g zlib1g-dev libssl-dev libyaml-dev libsqlite3-dev sqlite3 libxml2-dev libxslt-dev autoconf libc6-dev ncurses-dev automake libtool bison subversion |
Isso já é suficiente para instalar o Ruby, para ver a lista de Rubies disponiveis basta executar:
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rvm list known |
Sabendo o nome exato com a versão que queremos, podemos executar:
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rvm install ruby-1.9.3-p194 |
E terminada a instalação podemos definir que este seja o Ruby padrão:
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rvm 1.9.3-p194 --default |
Isso já é suficiente para instalarmos o Rails mais recente e iniciar a programar:
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gem install rails |
Pacotes Importantes
O que acabamos de instalar é o básico. Mas uma aplicação de verdade precisa de um pouco mais como bancos de dados e outros componentes. A maioria das aplicações Rails utilizar PostgreSQL, MySQL, MongoDB ou Redis (ou uma combinação de alguns deles). Além disso é recomendado aprender a utilizar Memcache.
Lembrando que precisamos instalar tanto os pacotes binários quanto os códigos-fonte/headers para as Rubygems conseguirem compilar suas extensões nativas. Vou dividir as instruções dos diferentes serviços que você pode querer e as Rubygems que as utilizam, ou seja, apesar dos comandos apt-get install e gem install estarem agrupadas, não significa que você precisa executá-las dessa forma.
Para instalar o MySQL faça:
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sudo apt-get install mysql-server mysql-client libmysqlclient-dev gem install mysql2 |
Não deixe de configurar o locale do seu sistema para UTF-8. Inicie adicionando as seguintes linhas ao seu /etc/bash.bashrc:
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export LANGUAGE=en_US.UTF-8 export LANG=en_US.UTF-8 export LC_ALL=en_US.UTF-8 |
Então execute os seguintes comandos:
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sudo locale-gen en_US.UTF-8 sudo dpkg-reconfigure locales |
Execute os passos anteriores antes de instalar. O Ubuntu 12.04 vem por padrão para instalar o Postgresql 9.1 mas para usar funcionalidades mais novas como HSTORE, você vai querer instalar a versão 9.3. Para isso comece assim:
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wget -O - https://apt.postgresql.org/pub/repos/apt/ACCC4CF8.asc | sudo apt-key add - |
Edite o arquivo de sources com sudo vim /etc/apt/sources.list e adicione na última linha:
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deb https://apt.postgresql.org/pub/repos/apt/ precise-pgdg main |
Crie o arquivo PGDG com sudo vim /etc/apt/preferences/pgdg.pref:
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Package: * Pin: release o=apt.postgresql.org Pin-Priority: 500 |
Agora atualize o apt:
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sudo apt-get update sudo apt-get install pgdg-keyring |
Remova qualquer Postgres mais antigo que tenha instalado:
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sudo apt-get remove --purge postgresql-9.2 postgresql-9.1 postgresql-contrib |
E finalmente podemos instalar o Postgres:
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sudo apt-get install postgresql postgresql-contrib gem install pg |
Como estamos falando de uma máquina de desenvolvimento, vamos criar um superuser:
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sudo su postgres createuser -P -s -e vagrant |
Você deve editar o arquivo pg_hba.conf com sudo vim /etc/postgresql/9.3/main/pg_hba.conf e faça o final dele estar assim:
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# Database administrative login by Unix domain socket local all postgres trust # TYPE DATABASE USER ADDRESS METHOD # "local" is for Unix domain socket connections only local all all trust # IPv4 local connections: host all all 127.0.0.1/32 trust # IPv6 local connections: host all all ::1/128 trust # Allow replication connections from localhost, by a user with the # replication privilege. #local replication postgres peer #host replication postgres 127.0.0.1/32 md5 #host replication postgres ::1/128 md5 |
Pode ser que você precise ainda alterar o Template1 do postgresql assim:
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sudo su postgresql psql |
Agora dentro do Postgresql execute os seguinte comandos:
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update pg_database set datistemplate=false where datname='template1'; drop database Template1; create database template1 with owner=postgres encoding='UTF-8' lc_collate='en_US.utf8' lc_ctype='en_US.utf8' template template0; update pg_database set datistemplate=true where datname='template1'; |
Para instalar o MongoDB faça:
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sudo apt-get install mongodb mongodb-dev gem install mongo |
Para instalar o Redis faça:
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sudo apt-get install redis-server libhiredis-dev gem install hiredis |
Para instalar o Memcache faça:
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sudo apt-get install memcached libmemcached-dev gem install dalli |
Para instalar o Imagemagick faça:
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sudo apt-get install imagemagick libmagickwand-dev gem install rmagick mini_magick |
Instalando Vim
E um bom ambiente não estaria completo sem um bom editor de textos para começar a trabalhar. Existem muitas opções como o Sublime Text 2, mas minha preferência pessoal ainda é o Vim. Para quem nunca usou Vim, não deixe de assistir meu screencast Começando com Vim. Para instalar neste novo Ubuntu é muito simples:
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sudo apt-get install vim vim-gnome exuberant-ctags ncurses-term ack cd ~ git clone git://github.com/akitaonrails/vimfiles.git .vim cd .vim git submodule update --init echo "filetype on" > ~/.vimrc echo "source ~/.vim/vimrc" >> ~/.vimrc |
Isso deve instalar todos os submódulos para tornar seu Vim um editor bastante avançado. Assista ao screencast para aprender mais e visite a página do projeto no Github. Muitas coisas mudaram desde que gravei o screencast, por exemplo, em vez do módulo Command-T agora uso o módulo Ctrl-P, dentre outras mudanças.
Se no meio da execução do comando git submodule ele parar por alguma razão, sem terminar, não tem problema apenas reexecute o mesmo comando. A partir do terminal, no diretório do seu projeto, execute gvim para iniciar o Vim integrado ao ambiente gráfico Gnome (há quem prefira usar dentro do Terminal, mas isso seria mais preferência pessoal mesmo).
Finalização do Ambiente
Se ainda não instalou, existem mais algumas ferramentas que você vai precisar:
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sudo apt-get install git git-svn gitk ssh libssh-dev |
Novamente, se não sabe usar Git, assista meu screencast Começando com Git pois é absolutamente obrigatório conhecer Git para programar no ecossistema Ruby e Rails. E para finalizar sua instalação, eu pessoalmente gosto de customizar meu ~/.bashrc com o seguinte:
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... [[ -s $HOME/.rvm/scripts/rvm ]] && source $HOME/.rvm/scripts/rvm ESC="\033" # This is the escape sequence NO_COLOR="$ESC[0m" IRED="$ESC[1;31m" # ANSI color code for intense/bold red IGRN="$ESC[1;32m" # ANSI color code for intense/bold green # From https://railstips.org/blog/archives/2009/02/02/bedazzle-your-bash-prompt-with-git-info/ # I had to change 'git-symbolic-ref' to 'git symbolic-ref' function parse_git_branch { ref=$(git symbolic-ref HEAD 2> /dev/null) || return echo " ["${ref#refs/heads/}"]" # I wanted my branch wrapped in [], use () or <> or whatever } # from https://ariejan.net/2010/04/25/ruby-version-and-gemset-in-your-bash-prompt-yes-sir function rvm_version { local gemset=$(echo $GEM_HOME | awk -F'@' '{print $2}') [ "$gemset" != "" ] && gemset="@$gemset" local version=$(echo $MY_RUBY_HOME | awk -F'-' '{print $2}') [ "$version" != "" ] && version="$version" local full="$version$gemset" [ "$full" != "" ] && echo "${full}:" # the colon at the end is a delimiter, you could use a space instead } #PS1="\h:\W \u\$" # For reference, here's the default OS X prompt #export PS1="\$(rvm_version)\W \$(parse_git_branch)\$ " # Without the colors # I had to put the \[ and \] down here, as opposed to $IRED, to avoid wrapping funkiness. export PS1="\[$IRED\]\$(rvm_version)\[$NO_COLOR\]\W\[$IGRN\]\$(parse_git_branch)\[$NO_COLOR\]\n \$ " |
Instalando Phusion Passenger
Com tudo instalado, podemos instalar o último componente: NGINX + Passenger:
Para instalar o Passenger com Nginx faça:
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sudo apt-get install libcurl4-openssl-dev gem install passenger sudo chown -R `whoami` /opt passenger-install-nginx-module --auto-download --auto |
Quando ele terminar de instalar, você lembre-se que no arquivo /opt/nginx/conf/nginx.conf haverá o seguinte:
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http { ... passenger_root /home/akitaonrails/.rvm/gems/ruby-2.0.0-p245/gems/passenger-4.0.17; passenger_ruby /home/akitaonrails/.rvm/wrappers/ruby-2.0.0-p245/ruby; ... } |
Sempre que atualizar o passenger, atualize este trecho com a versão mais recente. Além disso, para configurar novas aplicações Rails, no mesmo arquivo configure da seguinte forma:
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server { listen 80; server_name www.yourhost.com; root /somewhere/public; # <--- be sure to point to 'public'! passenger_enabled on; } |
Onde /somewhere é onde está o código da aplicação Rails, sempre completando com /public para o Passenger saber o que fazer.
Na instalação eu trapeceei um pouco: como instalei o RVM em single-mode não dá para instalar o nginx usando o script do Passenger via sudo. Por isso mudei o dono do diretório /opt. Precisamos mudar de volta:
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sudo chown -R root /opt |
Agora queremos que o NGINX inicie automaticamente sempre que o servidor reiniciar, para isso podemos usar da ajuda do script de inicialização feito pelo Linode:
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wget -O init-deb.sh https://library.linode.com/assets/660-init-deb.sh sudo mv init-deb.sh /etc/init.d/nginx sudo chmod +x /etc/init.d/nginx sudo /usr/sbin/update-rc.d -f nginx defaults |
obs: dica retirada deste blog post
Inicie ou pare o NGINX como qualquer outro serviço no Ubuntu:
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sudo service nginx start sudo service nginx stop sudo service nginx restart |
Ambiente configurado, bom aprendizado!