Para criar um repositório git no seu servidor, logue nele e faça o seguinte:
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mkdir ~/repos/meu_projeto.git cd ~/repos/meu_projeto.git git init --bare |
Pronto, agora na sua máquina local você precisa adicionar esse novo repositório remoto:
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cd meu_projeto git remote add origin meu_usuario@meu_dominio.com:~/repos/meu_projeto.git |
Se você já tiver um “origin” configurado (por exemplo, do github), basta colocar qualquer outro nome.
No meu caso, de dentro do servidor, eu faço o seguinte:
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git clone ~/repos/meu_projeto.git ~/meu_projeto |
No caso o ~/meu_projeto/public será o diretório para onde vou apontar o Phusion Passenger. Agora, toda vez que eu fizer uma modificação preciso fazer:
- git push origin master a partir do meu projeto na minha máquina de desenvolvimento local
- ssh meu_usuario@meu_dominio.com logar no servidor remoto
- cd ~/meu_projeto && git pull origin master para puxar as modificações
- touch ~/meu_projeto/tmp/restart.txt para reiniciar o Passenger
Em vez de fazer tudo isso manualmente, posso usar um recurso chamado git hooks. O repositório remoto do git consegue executar quaisquer scripts quando sofrer alguma ação, por exemplo, um git push. Para tanto, preciso editar o arquivo ~/repos/meu_projeto.git/hooks/post-receive que será executado quando ele receber novos dados:
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#!/bin/sh cd /home/meu_usuario/meu_projeto env -i git reset --hard env -i git pull origin master env -i touch tmp/restart.txt |
Esses env -i é por causa de um pequeno detalhe de como esses hooks funcionam, explicado neste blog. Além disso, não esqueça de tornar esse arquivo executável:
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chmod +x ~/repos/meu_projeto.git/hooks/post-receive |
Eu poderia incrementar isso de diversas maneiras, por exemplo mandando ele rodar um rake db:migrate, mas para mim já está suficiente. Agora, toda vez que eu modificar alguma coisa e fizer um git push o repositório irá automaticamente atualizar o código do meu blog, de forma bem simples e zero esforço. Posso até retirar o suporte a capistrano dele.
E para quem não sabe, repositórios do Github suportam diversos desses hooks também. Veja esta documentação deles. Você pode configurar o Github para dar um post com as informações do commit para um servidor web seu que pode reagir e fazer alguma operação, como o deployment ou rodar um serviço de integração contínua e assim por diante.
Enfim, dá para automatizar muita coisa com isso. Aproveitem.