Tivemos muitas diferenças em relação às Rails Summits. A mais óbvia foi a mudança de local, do antigo Elis Regina na Zona Norte de São Paulo para o Centro de Convenções Frei Caneca. Existem vantagens e desvantagens nas duas. No caso do Elis Regina, trata-se de um local bem mais amplo e bonito, com auditório de verdade. Porém, a localização é muito ruim por ser muito longe de tudo. Poucas opções de hotéis, poucas opções de restaurantes, enfim, é um lugar mais isolado. Já o Frei Caneca fica no centro de tudo, perto de metrô, de muitos hotéis, do lado da Av. Paulista. Por outro lado o local é um pouco menor. No geral acho que a escolha foi acertada para a maioria das pessoas. O que acham? Comentem no final.
Outra novidade foi uma Chamada para Propostas abertas ao público, que começou em 5 de julho no meu blog. A partir das propostas enviadas vieram praticamente todos os palestrantes brasileiros. E uma coisa que eu e muitos gostamos é que o nível técnico das palestras foi elevada em comparação aos anos anteriores. Não estamos mais apresentando as tecnologias e sim já avançando em como tirar melhor proveito delas.
Dos palestrantes internacionais tivemos algumas baixas em relação ao que eu tinha planejado. Por exemplo, o Chris Wanstrath precisou ir embora em cima da hora para resolver problemas urgentes em São Francisco. Felizmente o Scott Chacon ficou e cobriu o slot dele. Porém, a abertura do evento estava planejada para ser feita pelo David Black, representando a Ruby Central, mas infelizmente ele teve que tratar de problemas de saúde e precisou se ausentar, daí eu mesmo ocupei esse slot. Tirando isso, não tivemos nenhum problema de programação.
Outra coisa que deve ter agradado é que aprendemos muito com os últimos dois anos e foi possível otimizar muito os custos sem sacrificar a qualidade do evento. Graças aos cuidados de logística da equipe de eventos da Locaweb e aos nossos patrocinadores (incluindo a Gonow Tecnologia, que é a empresa onde trabalho atualmente), foi possível abrir os registros do evento com o preço reduzido de R$ 150 (que foi aumentando gradativamente para R$ 200 e R$ 250 à medida que chegamos perto do dia). Isso tornou o evento bem mais acessível para mais pessoas.
Além disso tivemos o apoio da Caelum que realizou um pré-evento, onde pessoas que ainda estão iniciando em Ruby tiveram a chance de fazer uma aula de introdução na própria Caelum um dia antes do evento.
Em termos de cobertura, a InfoQ Brasil gravou uma série de entrevistas com muitos dos palestrantes que devem ser lançados no site deles nos próximos dias, fiquem ligados! Além disso a Locaweb gravou todas as palestras, desta vez com uma equipe bem mais profissiona, e esperamos ter os vídeos editados ainda em Novembro. Então fiquem de olho aqui no meu blog e no site do evento.
Se praticamente tudo correu conforme o planejado, a única coisa que infelizmente foi um #EPICFAIL total foi a internet. A terceirizada que foi contratada para fornecer o acesso à Wi-fi simplesmente não conseguiu realizar o trabalho da maneira correta. Não lembro agora qual o nome dela, mas eu digo que foi uma vergonha total da parte deles. Fica minha reclamação para que essas empresas que lidam com eventos comecem a levar o trabalho de forma mais séria. Para que todos tenham uma noção, normalmente em eventos o maior problema não é a capacidade do link (Mbps), mas sim os roteadores que precisam aguentar centenas de dispositivos conectando e desconectando ao mesmo tempo (notebooks, smartphones, etc). Para isso um roteador caseiro não serve. No caso tínhamos nada menos do que 4 roteadores Cisco. O que é mais chocante pois é preciso muito talento para conseguir não aguentar com essa qualidade de equipamentos.
Enfim, de qualquer forma a qualidade dos palestrantes e da platéia elevou a qualidade do evento como um todo. Além dos assuntos interessantes que foram tratados o pessoal trocou muitas idéias, socializou, e acho que foi muito satisfatório. E também como novidade de última hora para a Desconferência no final do primeiro dia, testamos o Call4Papers que foi desenvolvido pelo Douglas Campos (da Gonow), Vinicius Baggio (da PlataformaTec) e Anderson Leite (da Caelum) para o Rails Rumble deste ano, aplicativo que inclusive ficou entre alguns dos melhores colocados até o fim do evento.
Em termos de redes sociais, o pessoal da Vizir disponibilizou um Livestream e em seguida soltou uma relatório de como foi o evento baseado nos tweets. Vale a pena conferir.
E esta foi uma semana para os rubistas da América Latina mesmo porque logo em seguida ao nosso evento, tivemos o RubyConf Uruguay onde alguns dos mesmos palestrantes foram participar. Foi mesmo uma semana para Rubistas, vamos fazer com que se repita todo ano!