E agora?
A falácia do custo perdido é não perceber que em qualquer dos casos, você já pagou pelo ticket e portanto o custo perdido não é relevante de nenhuma maneira para uma tomada de decisão racional.
Caso 1: Você sofre o custo do ticket + Você sofre pelo resto do filme
Caso 2: Você apenas sofre o custo do ticket
Portanto, racionalmente a opção 2 é melhor.
Então, em vez de um ticket de cinema, digamos que é a licença de algum software enterprise … ou talvez algum hardware customizado.
Será que existe alguma razão para considerar quanto foi pago pela licença ou hardware como tendo qualquer peso, por menor que seja, na decisão de qual é a melhor escolha arquitetural ou de projeto futuro?
Bem, a menos que o sistema de gerenciamento em que você opera pune comportamento racional e recompensa comportamentos irracionais.
Total bom senso. Economistas estão mais acostumados a estudar e catalogar comportamentos desse tipo. Recomendo ler sobre outros conceitos como o bom e velho Custo da Oportunidade. A Lei de Parkinson para mim é o corolário da Lei de Expansão dos Gases e que todo desenvolvedor (eu incluso) já sofreu.
Ninguém pode acertar sempre, mas o exercício constante e diário de apenas pensar com lógica e ceticismo – em vez de andar sobre dogmas e preceitos – aumenta muito nossas chances. Talvez assim se assistirem Uma Mente Brilhante se lembrem um pouco mais do gênio por trás do Equilíbrio Nash do que apenas no melodrama.